Marketing ético para médicos: o que o CFM permite e proíbe nas redes sociais!

Marketing ético para médicos

A medicina evoluiu, e a forma de se comunicar com os pacientes também. Estar presente nas redes sociais tornou-se essencial para médicos que desejam aumentar sua autoridade, fortalecer seu nome e impactar positivamente a saúde pública por meio da informação. 

No entanto, diferentemente de outras áreas, a medicina está amparada por normas éticas rigorosas, e ignorá-las pode trazer problemas com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e comprometer a credibilidade do profissional.

Por isso, neste artigo, explicamos o que o Conselho Federal de Medicina (CFM) permite e proíbe nas redes sociais e como utilizar o marketing ético para médicos como uma ferramenta de posicionamento sem ultrapassar os limites legais. Boa leitura!

Por que o marketing médico exige atenção especial?

A publicidade médica é regida por normas específicas justamente por tratar de uma área sensível: a saúde e a vida. 

Enquanto outros setores podem usar técnicas de venda agressivas, promessas de resultado e linguagem apelativa, os médicos devem atuar com prudência, foco educativo e compromisso com a verdade.

O marketing ético para médicos parte desse princípio. Ele não é contra o marketing, ele é contra a distorção do propósito da medicina.

O que é permitido nas redes sociais médicas?

Com a atualização da Resolução CFM nº 2.336/2023, em vigor desde março de 2024, vários pontos foram flexibilizados, mas o conteúdo continua com foco na ética, na ciência e no respeito ao paciente.

1. Publicação de conteúdo educativo

Compartilhar conhecimento, esclarecer dúvidas sobre doenças, prevenção, tratamentos reconhecidos e avanços da medicina é não apenas permitido, como incentivado. Essa é uma das bases do marketing ético para médicos.

A informação ajuda o paciente a tomar decisões com mais consciência e combate a desinformação nas redes.

Cuidados importantes:

  • A linguagem deve ser acessível, mas fiel à ciência.
  • Não se deve alarmar, exagerar ou induzir a autodiagnósticos.

2. Divulgação da estrutura física e bastidores

Fotos e vídeos da clínica ou consultório podem ser divulgados: recepção, sala de espera, equipamentos, equipe, tudo isso mostra profissionalismo e transmite segurança.

Bastidores também são bem-vindos. Mostrar a organização da agenda, preparo do ambiente e até momentos de estudo reforça o comprometimento com a medicina e aproxima o público.

3. Postagens de bastidores, eventos e rotina

Participações em congressos, lives, simpósios e momentos do dia a dia profissional ajudam a humanizar a imagem do médico. 

Mostrar que você estuda, se atualiza e cuida dos detalhes do atendimento é uma forma inteligente de praticar o marketing ético para médicos.

4. Uso de imagens de antes e depois

Essa foi uma das mudanças mais relevantes da nova resolução. Agora é permitido divulgar imagens de “antes e depois”, desde que:

  • Haja autorização expressa e assinada do paciente;
  • A identidade do paciente seja preservada (sem rostos ou sinais identificáveis);
  • A postagem tenha caráter informativo e educativo, com explicações sobre o procedimento, seus riscos e resultados esperados;
  • Não haja indução ao consumo ou promessa de resultados.

Esse cuidado protege o paciente e mantém a comunicação dentro dos parâmetros éticos.

5. Repostagens pontuais de depoimentos espontâneos

Outra novidade da Resolução é a permissão para repostar depoimentos de pacientes, com moderação. É permitido até duas vezes por semestre, desde que:

  • O conteúdo seja espontâneo;
  • O texto não inclua linguagem sensacionalista;
  • Não haja promessa de resultado ou autopromoção exagerada.

Mesmo permitido, o uso desses depoimentos deve ser uma exceção, não uma estratégia central.

O que é proibido nas redes sociais médicas?

O foco do marketing ético para médicos é o cuidado, e não a venda. Por isso, há práticas que continuam proibidas:

1. Garantia ou promessa de resultados

É vedado prometer cura, resultados garantidos ou exclusividade de técnicas. Toda prática médica envolve variáveis e cada organismo reage de forma única. A promessa de sucesso fere o princípio da honestidade com o paciente.

2. Linguagem comercial

Termos como “promoção”, “imperdível”, “o melhor da cidade”, “top” ou “único” são inaceitáveis. Também não é permitido oferecer sorteios, descontos em serviços ou qualquer linguagem que transforme a medicina em comércio.

3. Divulgação de especialidade sem RQE

Para se apresentar como especialista, é obrigatório ter o Registro de Qualificação de Especialidade (RQE). Utilizar títulos não reconhecidos pelo CFM ou atuar fora da especialidade registrada pode configurar infração ética.

4. Divulgação de marcas de produtos ou medicamentos

O médico não pode promover marcas comerciais de medicamentos, alimentos, cosméticos ou aparelhos. Isso evita conflitos de interesse e protege a autonomia da prescrição médica.

5. Participação em campanhas sensacionalistas

Postagens com linguagem apelativa, que exploram a dor do paciente, ou com caráter emocional excessivo são consideradas infrações éticas. O sensacionalismo compromete a confiança na medicina e deve ser evitado.

O que deve constar em cada post?

Todo conteúdo publicado em redes sociais deve seguir as regras de identificação:

  • Nome completo do médico;
  • CRM com sigla do estado;
  • Especialidade e RQE (caso se declare especialista).

Essas informações devem constar no perfil principal (bio) e também estar visíveis em conteúdos como stories, vídeos e posts com orientações médicas.

Como aplicar o marketing ético para médicos na prática?

  • Informe, não venda. Ajude seus seguidores com orientações reais, baseadas em evidências.
  • Aposte no conteúdo contínuo. Educar a audiência fortalece sua autoridade de forma orgânica.
  • Seja humano. Mostrar o médico por trás do jaleco gera conexão — e isso não exige violar nenhuma regra.
  • Evite exageros. Até quando você tem muitos resultados, a moderação continua sendo o melhor caminho.
  • Conte com ajuda especializada. Ter uma equipe que entenda do marketing médico ajuda a alinhar ética e estratégia.

Conclusão

Conforme vimos, a medicina não é incompatível com o marketing, desde que esse marketing seja ético, responsável e informativo.

A Resolução CFM nº 2.336/2023 trouxe avanços importantes, mas o princípio central permanece: o cuidado com a saúde do outro deve sempre vir antes de qualquer campanha.

O marketing ético para médicos é o caminho para conquistar autoridade, atrair pacientes de forma consciente e se destacar no ambiente digital com credibilidade.

Se você quer crescer nas redes com segurança, sem correr o risco de comprometer sua imagem profissional, conte com o apoio de quem entende do assunto.

Na EvidênciaMed, unimos conhecimento técnico e estratégia digital para médicos que desejam se posicionar com responsabilidade e resultados reais. A ética continua sendo seu maior diferencial, e a base da nossa estratégia.

Mais Recentes

EvidênciaMed Todos os direitos reservados

cropped-Ca23mada_5.png

Siga as redes sociais: